terça-feira, 21 de abril de 2009

AVE CÉSAR, MORITURI TE SALUDANTI
(Salve César, os que vão morrer te saúdam)
Frase atribuída aos gladiadores do Império Romano, antes de entrarem em combate


Paulo Roberto Accioli

Os cinco mil comprimidos de medicamentos com datas vencidas, que deveriam ser usados em pacientes com hepatite, tuberculose, diabetes, hipertensão e outras doenças graves, encontrados em um depósito da Secretaria de Saúde do Município do Rio, vão para o lixo.

Após 18 denúncias que naquele local existia um tomógrafo novo, encaixotado desde 2005, no valor de R$ 1 milhão, o presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, e o vereador Carlos Eduardo de Mattos (PSB/RJ), presidente da Comissão de Saúde da Câmara, compareceram ao prédio e deram o flagrante de como o governo César Maia administra a saúde dos cariocas. No mesmo local, também foram encontrados 40 carros de combate à dengue, sendo que vários deles estão enferrujados ou em péssimas condições de uso. A primeira medida a ser tomada, é denunciar tudo ao Ministério Público e à Vigilância Sanitária, comentou Darze.

O presidente do Sindicato dos Médicos e o vereador, encontraram também remédios que vencerão no final do ano, afirmando que estes produtos, até que cheguem ao consumidor, já estarão vencidos. É dinheiro público sendo desperdiçado, enquanto pacientes agonizam nos hospitais controlados pelo município, disse o vereador Carlos Eduardo.

Conforme foi publicado no Direto ao Debate, a ex-deputada federal Jandira Fhegali PcdoB/RJ, membro da Comissão de Saúde da Câmara em entrevista à Rádio CBN, criticou duramente o prefeito afirmando que César Maia é talentoso em tomar atitudes de mau-caráter. Ele boicota o atendimento à população, é um irresponsável e não tem capacidade para gerir o sistema de saúde caricoa, disparou Jandira.

Maia, como lhe é peculiar, tripudia e debocha de uma situação de calamidade pública, com atitudes insanas e imorais, não recuando nem com a intervenção federal imposta pelo governo Lula, pois, não recuou no propósito de deixar homens, mulheres, idosos e crianças sofrerem nas intermináveis filas das emergências dos hospitais sob seu controle, ao contrário, foi à TV fazendo caras e bocas e com seus factóides acusou o Governo Federal pela má gestão de verbas destinadas à saúde. É um cavalheiro errante, que deveria estar respondendo judicialmente pelo sofrimento imposto aos enfermos e pela situação de calamidade pública da saúde carioca.

Maia e seus seguidores, em momento algum sentiram vergonha dos hospitais de campanha montados na “Cidade Maravilhosa” pelas forças armadas, disponibilizando leitos, médicos, remédios e outros apetrechos usados em campos de batalha ou em ações humanitárias. Qualquer jornalista que tenha feito cobertura de guerra, já viu este filme antes. Diante de tamanha falta de sensibilidade e vergonha na cara de um político que algum dia almejou ser presidente, um conselho ao povo carioca: não fiquem doentes, por favor.

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