terça-feira, 21 de abril de 2009

MATÉRIA PUBLICADA NO JB ON LINE
Piolhos infestam o Salgado Filho
Hospital no Méier será inspecionado
Maria Ganem

Médicos, pacientes e funcionários do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, enfrentaram esta semana um problema atípico para casas de saúde: uma infestação de piolhos. Segundo funcionários, o surto se iniciou na terça-feira e teria sido ocasionado por causa dos pombos instalados nos dutos de ar-condicionado do prédio. Devido à praga, o diretor do hospital, Ivo Perrone, deslocou pacientes da emergência para outros setores. Os aparelhos de refrigeração foram retirados e desinfetados. O Sindicato dos Médicos acionou a Vigilância Sanitária para inspecionar o hospital. Do lado de fora, enfermeiras aconselhavam pacientes em espera para serem atendidos a prender os cabelos. Um funcionário, que preferiu não se identificar, disse que os plantonistas alertaram a direção do hospital sobre os piolhos na madrugada de terça-feira. Ele contou ainda que é comum flagrar pombos dentro da tubulação de refrigeração do hospital. - Os ninhos de pombos nos dutos do ar-condicionado são visíveis. Esses bichos trazem piolhos para dentro do prédio. As enfermeiras e pacientes estão sendo obrigados a usar toucas para se proteger - relata. Um médico do hospital disse que está preocupado com a saúde dos pacientes e condições de trabalho. Para ele, os piolhos são apenas a ponta do iceberg: há dois anos a emergência funciona em um local improvisado, sem aparato adequado para atender os doentes. Uma obra da prefeitura está em andamento no local. - Não existem setores na emergência, funcionamos em um local improvisado. Os pacientes infestados foram levados para o corredor - reclama. O diretor do hospital, Ivo Perrone, informou por meio da assessoria que o problema dos piolhos é comum em hospitais. Para erradicar a peste, a direção contratou uma empresa especializada que desinfetou com repelente os aparelhos de ar-condicionado e macas. Perrone disse ainda que a infestação foi localizada e os pacientes afetados postos em quarentena. O presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, lembrou o episódio em que, por descuido da direção, nove enfermeiros quase perderam a vida por causa de um vazamento nas caldeiras que fez jorrar monóxido de carbono numa das salas do hospital.

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