terça-feira, 21 de abril de 2009

Família acusa Miguel Couto de omissão de socorro

Marco Antonio Canosa

Rio - A família da dona-de-casa Regina da Silva Ribeiro, 44 anos, fez um protesto em frente ao Hospital Miguel Couto, no Leblon, durante a madrugada deste sábado, acusando o chefe do plantão da unidade, identificado como Mário Henrique Raposo, de discriminação e omissão de socorro.

A dona-de-casa foi levada para o Miguel Couto após passar por uma tomografia no Hospital Copa D'Or, em Copacabana. O exame detectou um aneurisma cerebral grave que precisava ser retirado imediatamente. Sem recursos, os familiares de Regina se cotizaram e conseguiram pagar o exame e uma ambulância particular, que a levou ao Miguel Couto. Porém, ao chegar ao hospital, Regina não teria recebido o atendimento.

Segundo familiares, o neurocirurgião Mário Henrique Raposo, chefe do plantão do hospital, teria se negado a receber a paciente, alegando que ela fora levada em uma ambulância particular e, portanto não necessitava de hospital público. Muito agitada, Regina acabou tendo um desmaio e ficou descordada. Revoltada, a família chamou a PM e um irmão da dona-de-casa foi até a 14ª (Leblon) registrar queixa por omissão de socorro contra o chefe de plantão do hospital.

O delegado de plantão teria mandado um policial até o Miguel Couto e ordenou o pronto atendimento da paciente, sob ameaça de prender o médico. Só então, às 3h15 da madrugada, depois de quase três horas, Regina foi atendida. Ainda assim os familiares continuaram reclamando do atendimento, pois a paciente teria ficado em maca, no corredor, sem atendimento. Novamente os familiares partiram para delegacia, de onde saíram em companhia de um policial que ordenou ao médico que fizesse o atendimento imediato, o que foi obedecido. Convidado a falar sobre o episódio, o neurocirurgião Mário Henrique Raposo, não quis atender a equipe de reportagem.

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